A Delegacia de Tangará da Serra realiza uma investigação para apurar irregularidades na gestão de recursos públicos destinados à Associação de Diversidades Intelectuais (ADIN), que resultou na operação “Neurodivergente”, iniciada nesta quinta-feira (27), no município.
Ao todo, foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão, além do sequestro de bens e bloqueio de contas bancárias dos envolvidos.
Durante o cumprimento de mandados judiciais, o presidente da entidade foi preso em flagrante por posse ilegal de arma de fogo, após os policiais encontrarem um revólver e munições em sua residência.
Além disso, também foram apreendidos um celular, uma CPU, um notebook e documentos relevantes para a investigação.
As investigações continuam para apurar a suspeita de corrupção ativa, desvio de verbas (peculato), falsificação de documentos e organização criminosa envolvendo a ADIN. Também são investigadas outras pessoas ligadas à entidade, ou ao presidente. A apuração teve início em outubro, após uma denúncia anônima protocolada no Ministério Público.
Segundo o delegado responsável pelo caso, Gustavo Espindula, a entidade recebeu cerca de R$ 2 milhões em repasses da Prefeitura de Tangará da Serra apenas nos três primeiros meses do ano. Parte desse montante pode ter sido desviada.
O presidente da entidade foi conduzido à delegacia sem necessidade de algemas e sem apresentar lesões, mas informou possuir dificuldades de locomoção. O caso segue em investigação para esclarecer o destino dos recursos públicos e possíveis responsabilidades dos demais envolvidos.