A Câmara de Cuiabá aprovou nesta quinta-feira (27) moção de apoio à cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos acusada de pichar a estátua da “A Justiça” em frente ao prédio do Supremo Tribunal Federal (STF). A proposta foi apresentada pelo vereador Rafael Ranalli (PL) que contrapôs os 14 anos de prisão à mulher. Ele também pediu o perdão da pena aos presos políticos pelos atos do 8 de janeiro de 2023.
“A moção de apoio destaca a necessidade de anistia (…) e reforça a importância de proteger a diginidade humana e democracia no país”, justifica Ranalli no projeto.
De acordo com o vereador, o “discurso de ódio é promovido pela esquerda” e não pela extrema-direita como aponta a narrativa dos ministros. O julgamento de Débora está paralisado após um pedido de vista de Luiz Fux, apesar de ter voto favorável do relator, Alexandre de Moraes, para condenação.
O senador Wellington Fagundes (PL) manifestou nesta semana apoio a Débora e demais presos minimizando a atitude da cabelereira, uma vez que ela não agrediu ou feriu pessoas, apenas “escreveu duas palavras” com batom.
MOÇÃO A FREI GILSON
Ranalli também emplacou moção de apoio ao frei Gilson da Silva Pupo Azevedo que tem arrebanhado milhões de internautas em lives durante a madrugada. Os fiéis escutam o discurso do frei que divide o tempo nas redes sociais entre a “palavra de Deus” e críticas à esquerda, que lhe rendem popularidade entre os bolsonaristas e uma enxurrada de comentários de haters admiradores do presidente Lula (PT).
“Destacamos a importância do trabalho de frei Gilson para a comunidade cristça e para a sociedade como um todo, reconhecendo sua coragem e dedicação ao evangelho (…) em um momento da crescente intolerância religiosa é fundamental que este tipo de trabalho seja valorizado”, cita Ranalli no projeto validado pela maioria em plenário.