DIREÇÃO À PCE
Líder de facção responsável por escavar túnel usava dupla identidade

Investigação da Polícia Civil identificou que o líder de uma organização criminosa, responsável por planejar a escavação de um túnel para fuga em massa de presos da Penitenciária Central do Estado, utilizava um nome falso.
A Gerência de Combate ao Crime Organizado apurou que o criminoso, que teve mandado de prisão expedido pela Justiça na Operação Armadillo, estava utilizando o nome de Cleiton dos Santos Gonçalves. Exame da Perícia Oficial identificou que o nome verdadeiro do criminoso é João Batista Vieira dos Santos.
Foragido desde a deflagração da operação, em janeiro, o líder do grupo criminoso foi localizado no dia 11 de fevereiro, em Pontes e Lacerda. Ele estava com documentos em nome de uma terceira pessoa, José Maria Pimentel, fato que levou a GCCO a apurar a verdadeira identidade do investigado.
Após a requisição de documentos, certidões de nascimento e solicitações de prontuários civis, a Politec de Mato Grosso confirmou que Cleiton Gonçalves na verdade é João Batista Vieira dos Santos, que tem uma extensa ficha criminal, inclusive, com mandado de prisão em aberto pela 4ª Vara Criminal da Comarca de Rondonópolis.
A GCCO apurou ainda que o fato de haver o mandado em aberto levou o investigado a usar nome falso após a sua saída da Penitenciária da Mata Grande.
Com a identificação do mandado pela Comarca de Rondonópolis, a GCCO deu cumprimento à prisão expedida pela 4ª Vara Criminal do município e solicitou a retificação do mandado judicial à 7ª Vara Criminal da Comarca de Cuiabá.
Pela Comarca de Rondonópolis, o criminoso responde por organização criminosa, tráfico de drogas, roubo e porte ilegal de arma de fogo.
Operação Armadillo
As investigações da GCCO iniciaram após a descoberta do túnel, em setembro do ano passado, que estava sendo escavado de dentro de uma residência, no bairro Jardim Industriário, em direção à PCE, a maior unidade penitenciária de Mato Grosso, que abriga criminosos de alta periculosidade.
Em continuidade às investigações, a Polícia Civil identificou outras oito pessoas envolvidas no planejamento e execução do plano de fuga frustrado.
Além das prisões, foram decretadas pelo Poder Judiciário de Mato Grosso 12 mandados de busca e apreensão domiciliares e uma ordem de sequestro de imóvel.
Na segunda fase da investigação foram presos integrantes da organização responsáveis por toda a logística do plano de escavação do túnel, desde o recrutamento dos trabalhadores (presos anteriormente) à execução da obra. Entre os presos está um engenheiro de Rondonópolis. A GCCO apurou que foi realizada a simulação de venda do imóvel utilizado para dar início ao túnel, que foi sequestrada judicialmente.
Na ocasião da descoberta do túnel, as equipes da GCCO flagraram 12 pessoas, entre elas três menores de idade, trabalhando na escavação. Todos os envolvidos, oriundos do estado do Piauí, foram presos em flagrante, sendo os adultos mantidos presos preventivamente. Alguns já tinham experiência em atividades garimpeira, com trabalho em escavações.

POLÍCIA
Polícia Civil localiza mais cinco corpos em área de mata em Rondonópolis

A Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Rondonópolis, localizou, nesta segunda-feira (17.2), mais cinco corpos enterrados na área de mata na região da Vila Goulart, próximo a Gleba do Rio Vermelho, no município.
Os trabalhos de escavação no local iniciaram na semana passada, ocasião em que foram localizados três corpos na região, totalizando oito ossadas. As vítimas estavam em avançado estado de decomposição – o que não permitiu a identificação das nenhuma das vítimas.
As buscas contaram com apoio do Corpo de Bombeiros de Rondonópolis, que utilizou um cão farejador. O local foi periciado pela equipe da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec).
Os corpos localizados foram encaminhados ao IML de Rondonópolis para a realização dos exames periciais de necropsia, que determinarão a causa e o período em que as vítimas foram mortas, além da identificação necropapiloscópica.
A Delegacia de Homicídios trabalha com a hipótese de que as vítimas tenha sido mortas por uma facção criminosa. A investigação reunirá outras informações e aguardará os exames periciais para identidades das vítimas e se são pessoas que estavam desaparecidas em Rondonópolis.
Fonte: Policia Civil MT – MT
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