Um homem, ex-funcionário do Grupo Bom Futuro, foi preso nesta sexta-feira (13) após investigações que apontaram desvios financeiros de até R$ 15 milhões nos últimos dois a três anos. O suspeito, que trabalhava na empresa há mais de 10 anos, foi detido depois que o próprio setor de compliance do grupo detectou irregularidades financeiras.
De acordo com o delegado responsável pela investigação, Pablo Carneiro, em entrevista ao SBT Comunidade, programa do SBT Cuiabá, o desfalque foi identificado durante um levantamento interno feito pela companhia, que revelou uma fraude significativa envolvendo a gestão de frotas de transporte.
O suspeito, em sua função de maior confiança, teria se aproveitado de processos internos para duplicar solicitações de transporte e direcionar pagamentos a empresas fictícias, gerando assim vantagens ilícitas ao longo de vários anos.
“Como ele fez uma movimentação para promover esses desvios agora, entre ontem e anteontem, verificamos uma situação flagrancial e fizemos a prisão dele [na empresa] nesta manhã. Ele confessou a prática criminosa, e confirmou que fez algumas aquisições de alguns bens, inclusive dois veículos praticamente zero quilômetros, que nós conseguimos apreender, que são fruto desses desvios que ele cometeu”, explicou o delegado em entrevista ao repórter Arthur Garcia.
Além disso, foram identificadas aquisições incompatíveis com a renda do suspeito, como dois apartamentos avaliados em mais de R$ 1 milhão, além de móveis e outros bens de alto valor. A investigação também revelou que o suspeito recebia um salário de cerca de R$ 7 mil, o que levanta suspeitas sobre a origem dos recursos utilizados em suas aquisições.
“Há dois apartamentos foram adquiridos agora nos últimos dois anos. É uma aquisição de móveis e imóveis completamente incompatível com o salário que ele recebia. Tem apartamento avaliado em mais de 1 milhão de reais, carros de extremo luxo, avaliado mais de meio milhão de reais, não condiz com a renda lícita”, destacou o delegado.
Os investigadores estão aprofundando a apuração para verificar se há outros envolvidos no esquema criminoso. A prisão foi apenas a primeira fase da operação, e a análise de documentos bancários e fiscais está em andamento para identificar possíveis cúmplices e responsabilidades adicionais.
A investigação continua em curso. “Ele só não contava que a própria empresa conseguiria identificar essa fraude cometida por ele, Vamos checar se existem outras pessoas envolvidas. Foi deflagrada só a primeira fase, só o flagrante por enquanto. A partir disso agora vai se instaurar o procedimento e vamos tentar identificar ver se outras pessoas estão ou não envolvidas nesse crime”.




























