Após a localização de mais dois corpos em uma área de mata, onde pode ser um cemitério clandestino de uma facção criminosa, o delegado da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cuiabá, Nilson Farias, conversou com a equipe de reportagem do SBT Comunidade e falou sobre a linha que a polícia trabalha para identificar as vítimas enterradas no local.
O responsável pelas investigações afirmou que um dos corpos estava com uniforme de uma empresa, que foi conferida a informação da empresa e com o Núcleo de Pessoas Desaparecidas da PJC e falou ainda sobre as identidades que a PJC acredita terem esses corpos. “Existe a grande possibilidade de ser pai e filho, que desapareceram juntos, o pai tem 41 anos, o filho 18. E nós iremos aprofundar pra saber se de fato são eles e quais os motivos levaram à prática desses homicídios”, afirmou o policial.
As possíveis vítimas, a quem se refere o delegado Nilson Farias, são Ricardo Oliveira Alves, de 41 anos, e o próprio filho de Ricardo, Ryan Matos Alves, de 18 anos, ambos moradores do bairro Pirineu, em Várzea Grande.
De acordo com o delegado, na cova rasa havia ainda um componente chamado “cal virgem”, que é utilizado para amenizar o odor de um corpo em decomposição e que isso denota o tipo de crime. “Então, realmente, foi uma execução dessas duas pessoas e a Delegacia de Homicídios agora vai trabalhar no intuito de identificar os autores”, afirmou Farias.
Os corpos localizados
Nessa segunda-feira (17), a Guarda Municipal de Várzea Grande localizou mais dois corpos enterrados em um cemitério clandestino, em uma área de mata, conforme divulgado na edição dessa segunda do SBT Comunidade. Os corpo já estavam decompostos, restando apenas ossadas.
A equipe de reportagem do SBT Cuiabá esteve no local, que foi isolado e os agentes aguardam a chegada da Delegacia de Homicídios (DHPP) e da Perícia Oficial (Politec) para fazer a análise da cena e encaminhar os corpos para o Instituto Médico Legal (IML) para tentar descobrir a identidade e causa da morte.