O delegado Vinicius Nazário alertou sobre o golpe da falsa central de atendimento bancário, que tem se espalhado em Cuiabá, Várzea Grande, e em várias regiões do Brasil. Segundo ele, os criminosos atuam como verdadeiras organizações, com escritórios, equipe, metas e sistemas para consultar dados vazados das vítimas.
“São organizações criminosas estruturadas. Possuem local próprio, equipe e sistemas para acessar informações obtidas em vazamentos de dados, que muitas vezes revelam praticamente toda a vida da vítima”, explicou Nazário.
O golpe funciona geralmente da seguinte forma: os criminosos ligam para as vítimas se passando por funcionários de bancos, alegando problemas nas contas ou transações suspeitas. Durante a ligação, tentam obter informações sensíveis, como senhas, códigos de autenticação e dados do cartão. Em alguns casos, enviam links fraudulentos para que a vítima “confirme” dados, instalando programas que permitem acesso remoto às contas bancárias.
“Eles têm uma estrutura organizada, como se fosse um call center, e até dividem funções. Alguns entram em contato com a vítima, outros monitoram sistemas para acessar dados bancários e informações pessoais. Tudo é feito de forma muito profissional, como se fosse uma empresa legal”, detalhou o delegado.
Para se proteger, Nazário recomenda atenção redobrada e ação rápida. “Se receber uma ligação suspeita, desligue imediatamente. Aguarde pelo menos 10 segundos antes de ligar de volta para a central do banco, usando o número do verso do cartão. Não clique em links nem forneça informações pessoais. Caso tenha caído no golpe, vá ao banco para bloquear ou contestar a operação e registre um boletim de ocorrência”, orientou.
O delegado reforça que agir rápido é fundamental para evitar prejuízos e ajudar a polícia a identificar os responsáveis pelos golpes.