A procuradora da Assembleia Legislativa e subprocuradora da Procuradoria Especial da Mulher, Francielle Claudino Pereira Brustolin, afirmou que o estado vive uma epidemia silenciosa de feminicídios, com 36 mortes registradas até agosto de 2025.
Segundo ela, a maioria das mulheres assassinadas foi morta após romper o ciclo de violência, o que demonstra que muitos agressores não aceitam a autonomia da vítima.
“Elas morrem porque tomaram uma decisão. O agressor não admite que ela tenha controle sobre a própria vida”, destacou.
Francielle alerta que a violência começa muito antes da agressão física, com controle psicológico, humilhações, violência patrimonial e emocional. Por isso, a educação é a principal ferramenta de prevenção, especialmente entre jovens.
A Procuradoria Especial da Mulher oferece acolhimento, orientação jurídica e articulação com a rede de proteção. O órgão também realiza ações educativas em escolas, capacitações e atua em conjunto com os parlamentares na elaboração de leis.
Maria da Penha
Outro ponto destacado foi o fortalecimento da Patrulha Maria da Penha, que atua diretamente na proteção de mulheres com medidas protetivas. Para a procuradora, é essencial expandir o projeto para todos os municípios do estado.
“As patrulheiras salvam vidas. Elas entram na casa da mulher, enfrentam o agressor e garantem que o Estado está presente”, disse.
Francielle também defende que a iniciativa privada participe, criando ambientes de apoio e reflexão para seus funcionários.
Ela finaliza com um alerta: “Não é um problema das mulheres. É da sociedade. E precisa ser enfrentado por todos nós.”