O Tribunal do Júri de Várzea Grande condenou três pessoas envolvidas na morte do motorista de aplicativo Jonas de Almeida Silva, de 26 anos, a penas que somam mais de 60 anos de prisão. Os réus Bruno Vinícius Rodrigues, Vitor Weslen Amorim de Albuquerque e Jhully Gabrielly Batista de Souza receberam, respectivamente, sentenças de 25, 21 e 20 anos de reclusão, em regime inicial fechado.
As investigações apontaram que o trio integrava uma organização criminosa armada e participou diretamente do sequestro, tortura, homicídio e vilipêndio do corpo da vítima. O crime ocorreu entre os dias 27 e 28 de março de 2019 e gerou grande comoção na região metropolitana de Cuiabá.
Jonas desapareceu após aceitar uma corrida pelo aplicativo. Dias depois, seu corpo foi encontrado carbonizado em uma área de mata no bairro São Benedito, em Várzea Grande. Conforme os autos, ele era descrito como um jovem trabalhador, honesto e pai de uma menina.
Durante o julgamento, o Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) sustentou que a vítima foi mantida em cárcere privado, submetida a tortura e executada com extrema violência. Segundo o órgão, os acusados ainda tentaram ocultar o crime ao incendiar o corpo, dificultando a identificação e as investigações.
Os jurados acolheram integralmente as teses apresentadas pelo MPMT, reconhecendo as qualificadoras de motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima. Com base na decisão do Conselho de Sentença, a juíza presidente fixou as penas e determinou que todos os condenados permaneçam presos.
O promotor de Justiça responsável pelo caso avaliou que a decisão representa uma reafirmação do papel do Tribunal do Júri na defesa da vida humana e no combate à impunidade, destacando que a sociedade recebeu uma resposta firme diante da gravidade do crime.
O caso ficou marcado pela repercussão social e pela mobilização de familiares, autoridades e da imprensa, sendo considerado um dos julgamentos mais expressivos já realizados em Várzea Grande





























