O auditor da Receita Federal, Raimundo Mendes, explicou nesta quarta-feira detalhes da Operação Nexus, deflagrada em Cuiabá e Várzea Grande, em conjunto com a Polícia Federal, que tem como objetivo desarticular um esquema de contrabando e distribuição de cigarros eletrônicos e outros produtos com origem ilícita.
“Foi feito um bloqueio de bens para garantir os créditos tributários indevidos que não foram pagos. A mercadoria que for proibida será destruída, e o que foi importado apenas de forma irregular será doada a instituições que atendam a população”, afirmou Mendes.
Durante a ação, foram encontrados eletrônicos importados de forma irregular, além de produtos com indícios de contrafação. O esquema contava com equipes distintas: uma dedicada à importação ilícita, outra para recepção e venda no varejo em Cuiabá, e uma terceira voltada para abastecer cidades do interior do estado.
Segundo o auditor, os responsáveis pelos crimes também terão de arcar com os tributos não pagos e responder por crimes de contrabando, descaminho e contrafeito. “Estamos falando de movimentações financeiras na casa dos milhões, com contabilidade totalmente irregular. Posteriormente, haverá fiscalização de tributos internos e avaliação patrimonial das empresas envolvidas”, explicou Mendes.
A operação não se limitou à apreensão de cigarros eletrônicos. Foram vistoriados outros produtos eletrônicos sem nota fiscal, totalizando, no primeiro momento, cerca de R$ 2 milhões em mercadorias apreendidas.
A Operação Nexus reforça o compromisso da Receita Federal e da Polícia Federal em combater a importação irregular de produtos, proteger o comércio legal e garantir que a população receba apenas mercadorias legalmente adquiridas e seguras.