Duas covas com restos mortais foram encontradas em uma região de mata, em Várzea Grande, durante buscas realizadas pelas equipes da Rondas Ostensivas Tático Móvel (Rotam) e da Polícia Civil. A suspeita é de que os corpos sejam de parte do grupo de cinco maranhenses que desapareceram no início de janeiro deste ano, após chegarem a Mato Grosso em busca de trabalho.
De acordo com informações da Polícia Civil, a descoberta ocorreu após uma denúncia anônima que indicava a possível existência de covas na área. As equipes da Rotam fizeram o isolamento do local e acionaram a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e a Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) para o trabalho de escavação e coleta de material.
No local, foram identificados fragmentos ósseos e peças de roupas, que serão submetidos a exames de DNA para confirmação das identidades. Segundo os investigadores, os vestígios indicam que as vítimas possam ser parte dos três homens que ainda estavam desaparecidos.
Desaparecimento
O grupo de cinco amigos, naturais do Maranhão, desapareceu no dia 9 de janeiro. Eles haviam chegado recentemente a Mato Grosso e foram vistos pela última vez na região do bairro Jardim Primavera, em Várzea Grande. Dois deles — identificados como Mefibozet e Diego Sales — foram encontrados mortos meses depois, com a identidade confirmada por exames periciais.
As investigações apontam que os homens foram vítimas de um grupo criminoso, possivelmente confundidos com integrantes de uma facção rival. A área onde os novos restos mortais foram localizados pode ter sido utilizada como cemitério clandestino.
A Politec fará a análise dos materiais coletados, e a confirmação das identidades deve ocorrer após o confronto genético com o banco de DNA dos familiares das vítimas. A Polícia Civil mantém as investigações em andamento e ainda não divulgou informações sobre possíveis suspeitos ou prisões relacionadas ao caso.