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COMUNIDADES VULNERÁVEIS

Eliana Maranhão: 'Só vendo de perto para entender o quanto o povo indígena precisa do apoio do Estado'

Procuradora Eliana Maranhão defende união entre União, Estado e Município para garantir direitos e melhorias às comunidades Chavantes
Eliana Maranhão//SBT Cuiabá

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A procuradora de Justiça Eliana Maranhão, ouvidora-geral do Ministério Público (MPMT), relatou a experiência e os desafios enfrentados pela Ouvidoria Itinerante realizada em aldeias indígenas de Campinápolis (570 km de Cuiabá). A ação percorreu mais de 1.000 quilômetros, passando pelas aldeias Aldeona, Campinas e Santa Clara, com o objetivo de ouvir as demandas e garantir o acesso à cidadania dos povos originários.

Segundo a procuradora, a iniciativa nasceu do compromisso de levar o Ministério Público até as comunidades mais vulneráveis.

“Desde que assumi a Ouvidoria-Geral do MP, me propus a sair e ir de encontro ao povo necessitado, aos povos carentes, aos povos excluídos. Dentre esses, os povos originários estão incluídos. Quando o Dr. Fabrício me convidou para ir até Campinápolis, aceitei prontamente, porque vi que ali também estava um serviço que é dever do Ministério Público realizar”, afirmou Eliana Maranhão.

Durante a visita, a equipe encontrou uma realidade marcada por desnutrição, precariedade na saúde e falhas nas redes de educação e nutrição. Para a procuradora, mais do que um desafio, a situação representa uma “tristeza” diante da falta de estrutura básica enfrentada pelos povos indígenas.

“Nas três aldeias nós percebemos desnutrição, saúde precária e educação falida. Isso nos levou a criar um projeto que sirva de modelo para outras aldeias, para que elas também possam se desenvolver e ter autonomia”, explicou.

A partir das escutas realizadas nas aldeias, o Ministério Público iniciou articulações com as três esferas de governo — União, Estado e Município —, além de outras instituições parceiras, com o objetivo de viabilizar soluções concretas para as demandas apresentadas.

“Não podemos fazer nada isoladamente pelos povos originários. Precisamos unir todos os segmentos da sociedade. Já estamos em contato com a União e com instituições parceiras para levar o prometido a esses povos”, ressaltou.

Eliana Maranhão adiantou ainda que uma segunda edição da Ouvidoria Itinerante – Edição Chavante está prevista para março de 2026, com o objetivo de ampliar o alcance das ações e consolidar os projetos iniciados.

Ao comentar a importância de discutir o tema no programa “Diálogos com a Sociedade”, transmitido em rede com o SBT e a Rádio CBN, a procuradora destacou o papel de sensibilizar a população para a realidade indígena.

“Precisamos despertar a sociedade para a situação em que esses povos vivem. Vivemos totalmente distantes da realidade deles. Só indo, vendo e sentindo de perto é que se compreende que é um povo carente, que necessita de todo apoio dos órgãos governamentais”, concluiu.

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