A Politec confirmou, em entrevista coletiva realizada na manhã desta sexta-feira (14), que Emelly Azevedo Sena, de 16 anos, ainda estava viva enquanto criminosos realizavam a retirada do ventre da vítima, em uma espécie de cesárea sem anestesia.
De acordo com o perito da Politec, Jaime Trevisan, há vários indícios de que quem cometeu os crimes domina técnicas especializadas, como a de corte, ele atestou também as teses comprovadas pela perícia realizada. “Ela foi mantida viva para efetuar o ‘parto’, para que a criança fosse recolhida com vida. Os vestígios encontrados no pescoço e também na sacola indicam que a pessoa foi morta, não em decorrência da falta de ar, ela foi morta pela falta de sangue no corpo. Então, aquela ação que foi feita, foi apenas para manter a vítima com vida até a retirada da criança”, afirmou o perito.
Também foram repassados outros detalhes que deixam clara a especialização de quem praticou os atos, como cortes em forma de “T” no abdômen da vítima e a utilização de sacolas plásticas para possivelmente abafar o som emitido pela vítima enquanto sofria as dores do procedimento extremamente cruel.
A Politec também informou que vai trabalhar para descobrir se os filhos da criminosa confessa, que está presa, são de fato dela. O trecho da entrevista pode ser conferido no perfil do MT Play no Instagram.
Início do caso
Equipes do Núcleo de Desaparecidos da Polícia Judiciária Civil de Cuiabá encontrou e identificou o corpo de Emelly Azevedo Sena, de 16 anos, na manhã dessa quinta-feira (13), em Cuiabá.
De acordo com as informações compartilhadas pela PJC, o corpo estava enterrado no quintal da casa dos suspeitos investigados pela polícia.
A vítima estava grávida de 9 meses, havia saído de casa para pegar roupas de bebê que havia ganhado, mas não voltou e não deu mais notícias.